Prisão de Marçal: Boulos Requer Investigação sobre Laudo e Denuncia Abuso de Poder
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, reforçou o pedido de investigação sobre o laudo que levou à prisão de José Marçal, coordenador do MTST em São Paulo, e denunciou o que considera um abuso de poder por parte das autoridades. Marçal foi detido em 13 de julho, após ter sua prisão preventiva decretada em razão de sua participação em um ato público que culminou em conflito.
Boulos, em entrevista à imprensa, questionou a validade do laudo médico que apontou Marçal como autor de agressões a policiais. Ele afirma que as imagens do dia do ocorrido demonstram o contrário, com Marçal sendo vítima de violência por parte das forças de segurança.
"É inadmissível que um laudo seja usado para justificar prisão de alguém que, de acordo com as imagens, foi agredido", declarou Boulos, chamando atenção para a necessidade de apurar as circunstâncias da prisão de Marçal. "Exigimos uma investigação imparcial para que a verdade seja revelada", completou.
O líder do MTST também critica a atuação do Poder Judiciário na situação. Ele alega que a decisão de prisão preventiva foi precipitada e que não houve tempo para que a defesa de Marçal apresentasse argumentos em sua favor.
"Marçal é um líder social que luta pelos direitos dos mais pobres. Sua prisão é uma afronta à democracia e uma tentativa de silenciar as vozes que defendem justiça social", disse Boulos.
A prisão de Marçal gerou ampla repercussão nas redes sociais e mobilizou diversos movimentos sociais que se solidarizaram com o coordenador do MTST e pediram sua libertação imediata.
A situação levanta questionamentos sobre a atuação das forças de segurança e do Poder Judiciário em relação aos movimentos sociais, reforçando o debate sobre a garantia de direitos e o combate à criminalização de movimentos sociais.